Clarice na Cabeceira
Editora:rocco
Tipo:usado
Ano:0
R$ 19,00
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira ? Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está ?atrás de detrás do pensamento?. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira ? Contos e Clarice na cabeceira ? Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e se ... Ler mais Fechar
Tipo do livro
Preço
Ano de publicação
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Edição brochura, bom estado de conservação. Cadastrado dia 13/08/2020. Cód: E2588 Ano2010
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Saiba maisR$ 31,43 novo
Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Uma das autoras brasileiras mais estudadas internacionalmente – suas obras começam a ganhar novas e prestigiadas traduções não só na América Latina como também nos Estados Unidos e Europa – Clarice Lispector, enquanto trabalhava sua ficção, manteve intensa atuação na imprensa. Vale dizer, apenas para mensurar seu ofício de jornalista, que Clarice escreveu cerca de 450 colunas destinadas ao universo da mulher, o que equivale aproximadamente a cinco mil textos, distribuídos em fragmentos de ficção, crônicas, noticiário de moda, conselhos de beleza, receitas de feminilidade, dicas de culinária, educação de filhos e comportamento. Como entrevistadora, foram cerca de 100 textos. E, somente para o Jornal do Brasil, na fase áurea do matutino carioca, publicou mais de 300 crônicas. Organizado pela pesquisadora Aparecida Maria Nunes, Clarice na cabeceira – jornalismo é uma amostra dessa atividade, a melhor que pode haver. Nele, o leitor terá o privilégio de entrar em contato com textos inéditos, como a primeira entrevista que Clarice Lispector realizou, em 1940, com o poeta católico Tasso da Silveira, e a última, em 1977, com a artista plástica Flora Morgan Snell. Em ambas, está presente a maneira original de Clarice entrevistar: tem-se conhecimento de particularidades dos entrevistados e da própria Clarice, que, fugindo às regras do gênero, não se furta de participar, na maioria das vezes, da conversa. E, quando o faz, é sempre de forma deliciosa e provocadora. A estrutura do livro, segmentada em quatro momentos, contemplou os primeiros textos na imprensa (nos jornaisA Noite, Diário do Povo, Correio da Manhã e Diário da Noite e nas revistas Pan, Vamos Ler!, Dom Casmurro e Comício); as chamadas páginas femininas; as crônicas; e as entrevistas. A disposição facilita a percepção da trajetória da escritora no jornalismo. “Um jornalismo peculiar, em muitos momentos. Mas que, sem dúvida, pertence à história do jornalismo no Brasil”, nota Aparecida Maria Nunes, que organizou também os volumes Correio feminino e Só para mulheres, ambos publicados pela Rocco. A coletânea apresenta uma raridade: o conto “Triunfo”, publicado na revista Pan em 1940, é o primeiro texto de Clarice – então com 20 anos e estudante de Direito – a aparecer na mídia, o qual já trazia o tom intimista e o perfil psicológico das personagens claricianas. “Nesse texto estão presentes o fluxo da consciência, a exposição de conflitos íntimos sobre os diferentes modos de amar e as sensações vivenciadas pelas personagens femininas”, explica Aparecida Maria. No mesmo ano, publica outro conto, “Eu e Jimmy”, na revista Vamos Ler! , dirigida por Raimundo Magalhães Jr. De circulação nacional, o periódico também divulgou o trabalho da Clarice repórter. Em “Uma visita à casa dos expostos”, a jovem autora se vale da ótica de ficcionista para contar a história do educandário Romão de Mattos Duarte, instituição filantrópica que abriga crianças abandonadas. Em Dom Casmurro, talvez o mais importante suplemento literário a circular durante os anos da ditadura Vargas, sob a direção de Álvaro Moreyra, publica “Cartas a Hermengardo”, uma ficção inédita em livro. O colunismo feminino aparece, pela primeira vez, em 1952, nas páginas do semanário Comício, de Rubem Braga, com o pseudônimo de Tereza Quadros. É retomado em 1959, no Correio da Manhã, com outro pseudônimo, Helen Palmer. A partir de 1960, no Diário da Noite, sendo a heterônima da atriz Ilka Soares, belíssima e ícone de feminilidade da época. Em meio a receitas e segredos da beleza, a vocação literária se faz presente além do estilo inconfundível, com narrativas ficcionais, mais tarde aproveitadas em contos e romances. A revista Senhor, marco de prestígio enquanto durou sua primeira fase (1959-1964) e considerada hoje uma das mais importantes na história da imprensa brasileira, pela cobertura dos movimentos artísticos de vanguarda e pela colaboração de renomados escritores e intelectuais, ajudou a popularizar a ficção de Clarice Lispector. A pedido dos editores, a escritora ali também publica uma coluna mensal, batizada em inglês, “Children’s corner”, que, apesar do nome, não reúne apenas textos infantis, mas sobretudo impressões e reflexões. A parte dedicada às entrevistas abrange, principalmente, o período de trabalho na revista Manchete, de maio de 1968 a outubro de 1969, e na revista Fatos&Fotos Gente, de 1976 a 1977. Ao conversar com pessoas de seu relacionamento, como os escritores Rubem Braga, Nelson Rodrigues, José Carlos Oliveira e o músico Tom Jobim, Clarice elege um padrão de perguntas: “Qual é a coisa mais importante do mundo?”, “Qual a coisa mais importante para uma pessoa como indivíduo?”, “O que é amor?”. As respostas são surpreendentes.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
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Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Uma das autoras brasileiras mais estudadas internacionalmente – suas obras começam a ganhar novas e prestigiadas traduções não só na América Latina como também nos Estados Unidos e Europa – Clarice Lispector, enquanto trabalhava sua ficção, manteve intensa atuação na imprensa. Vale dizer, apenas para mensurar seu ofício de jornalista, que Clarice escreveu cerca de 450 colunas destinadas ao universo da mulher, o que equivale aproximadamente a cinco mil textos, distribuídos em fragmentos de ficção, crônicas, noticiário de moda, conselhos de beleza, receitas de feminilidade, dicas de culinária, educação de filhos e comportamento. Como entrevistadora, foram cerca de 100 textos. E, somente para o Jornal do Brasil, na fase áurea do matutino carioca, publicou mais de 300 crônicas. Organizado pela pesquisadora Aparecida Maria Nunes, Clarice na cabeceira – jornalismo é uma amostra dessa atividade, a melhor que pode haver. Nele, o leitor terá o privilégio de entrar em contato com textos inéditos, como a primeira entrevista que Clarice Lispector realizou, em 1940, com o poeta católico Tasso da Silveira, e a última, em 1977, com a artista plástica Flora Morgan Snell. Em ambas, está presente a maneira original de Clarice entrevistar: tem-se conhecimento de particularidades dos entrevistados e da própria Clarice, que, fugindo às regras do gênero, não se furta de participar, na maioria das vezes, da conversa. E, quando o faz, é sempre de forma deliciosa e provocadora. A estrutura do livro, segmentada em quatro momentos, contemplou os primeiros textos na imprensa (nos jornaisA Noite, Diário do Povo, Correio da Manhã e Diário da Noite e nas revistas Pan, Vamos Ler!, Dom Casmurro e Comício); as chamadas páginas femininas; as crônicas; e as entrevistas. A disposição facilita a percepção da trajetória da escritora no jornalismo. “Um jornalismo peculiar, em muitos momentos. Mas que, sem dúvida, pertence à história do jornalismo no Brasil”, nota Aparecida Maria Nunes, que organizou também os volumes Correio feminino e Só para mulheres, ambos publicados pela Rocco. A coletânea apresenta uma raridade: o conto “Triunfo”, publicado na revista Pan em 1940, é o primeiro texto de Clarice – então com 20 anos e estudante de Direito – a aparecer na mídia, o qual já trazia o tom intimista e o perfil psicológico das personagens claricianas. “Nesse texto estão presentes o fluxo da consciência, a exposição de conflitos íntimos sobre os diferentes modos de amar e as sensações vivenciadas pelas personagens femininas”, explica Aparecida Maria. No mesmo ano, publica outro conto, “Eu e Jimmy”, na revista Vamos Ler! , dirigida por Raimundo Magalhães Jr. De circulação nacional, o periódico também divulgou o trabalho da Clarice repórter. Em “Uma visita à casa dos expostos”, a jovem autora se vale da ótica de ficcionista para contar a história do educandário Romão de Mattos Duarte, instituição filantrópica que abriga crianças abandonadas. Em Dom Casmurro, talvez o mais importante suplemento literário a circular durante os anos da ditadura Vargas, sob a direção de Álvaro Moreyra, publica “Cartas a Hermengardo”, uma ficção inédita em livro. O colunismo feminino aparece, pela primeira vez, em 1952, nas páginas do semanário Comício, de Rubem Braga, com o pseudônimo de Tereza Quadros. É retomado em 1959, no Correio da Manhã, com outro pseudônimo, Helen Palmer. A partir de 1960, no Diário da Noite, sendo a heterônima da atriz Ilka Soares, belíssima e ícone de feminilidade da época. Em meio a receitas e segredos da beleza, a vocação literária se faz presente além do estilo inconfundível, com narrativas ficcionais, mais tarde aproveitadas em contos e romances. A revista Senhor, marco de prestígio enquanto durou sua primeira fase (1959-1964) e considerada hoje uma das mais importantes na história da imprensa brasileira, pela cobertura dos movimentos artísticos de vanguarda e pela colaboração de renomados escritores e intelectuais, ajudou a popularizar a ficção de Clarice Lispector. A pedido dos editores, a escritora ali também publica uma coluna mensal, batizada em inglês, “Children’s corner”, que, apesar do nome, não reúne apenas textos infantis, mas sobretudo impressões e reflexões. A parte dedicada às entrevistas abrange, principalmente, o período de trabalho na revista Manchete, de maio de 1968 a outubro de 1969, e na revista Fatos&Fotos Gente, de 1976 a 1977. Ao conversar com pessoas de seu relacionamento, como os escritores Rubem Braga, Nelson Rodrigues, José Carlos Oliveira e o músico Tom Jobim, Clarice elege um padrão de perguntas: “Qual é a coisa mais importante do mundo?”, “Qual a coisa mais importante para uma pessoa como indivíduo?”, “O que é amor?”. As respostas são surpreendentes.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
Saiba maisLidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres apaixonados e extasiados com os escritos da que ultrapassou fronteiras, conquistou todos os continentes, sendo eternizada até nos idiomas mais incomuns. Clarice na cabeceira, organizado pela doutora em Letras Teresa Montero, é uma bem escolhida amostra de instantes de beleza retirados das obras de Clarice Lispector e apontados por 22 integrantes da legião de fãs da escritora. E não se trata de quaisquer fãs. Luis Fernando Verissimo, Fernanda Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria Bethânia e Luiz Fernando Carvalho são algumas das personalidades que compõem o time estelar de colaboradores do livro.A seleção afetiva realizada por esses escritores, atrizes, cineastas, cantoras, jornalistas e críticos literários reúne textos de cada um dos livros de contos de Clarice: Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A via crucis do corpo (1974), Onde estivestes de noite (1974) e A bela e a fera (1979). Junto a cada um desses 22 contos que compõem Clarice na cabeceira, cada um dos leitores convidados compartilha a experiência de ter Clarice Lispector em suas vidas, seja por ter convivido com ela em algum momento, seja apenas por meio de seus livros. Em ambos os casos, a presença da escritora se faz marcante.Luis Fernando Verissimo presenteia os leitores com recordações da amizade com Clarice. Iniciada primeiro através dos pais, Erico e Mafalda, na década de 50, quando todos viviam nos Estados Unidos, e continuada na década seguinte com a convivência de vizinhos no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A primeira impressão de Verissimo foi igual a de todo mundo: fascinação. Não só pela beleza eslava, pelos olhos meio asiáticos ou pelo erre carregado que dava a sua fala um mistério especial, mas também pelo humor e “aquele jeito de garotona ainda desacostumada com o tamanho do próprio corpo” .Enquanto alguns descrevem o deslumbramento diante do poder de Clarice de criar textos ricos de significados a partir de passagens aparentemente comuns do cotidiano, outros preferem calar-se, como fez Fernanda Torres: “Tenho até vergonha de escrever. Qualquer comentário me parece obsoleto.” Há quem se veja diante de um mistério insolúvel ao lançar um olhar mais demorado sobre determinado texto, como faz Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, com “O ovo e a galinha”: “É um conto em que se descobre algo novo em cada leitor, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não é propriamente para entender.”Clarice na cabeceira revela os contos favoritos da autora de A hora da estrela e outros clássicos de acordo com as preferências de 22 formadores de opinião, e deixa no ar, implicitamente, a mesma pergunta para cada leitor: qual o seu texto de cabeceira de Clarice Lispector? .Cada um dos 22 participantes do projeto indicou uma biblioteca ou instituição para a qual a Rocco doou uma coleção da obra completa de Clarice Lispector.
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Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.
Saiba maisos livros não tem fotos de capa, uma descrição diz que o livro é novo, uma outra, do mesmo livro diz o contrário, não entendo, assim não fica claro
os livros não tem fotos de capa, uma descrição diz que o livro é novo, uma outra, do mesmo livro diz o contrário, não entendo, assim não fica claro